sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SEXTA DE CULTURA

Faz como eu

Há uma lágrima sentida
Que em teus olhos se escondeu
Deixa a lágrima escondida
E vem cantar como eu
Há um gemido angustiado
Que teu peito emudeceu
Deixa o gemido guardado
E vem cantar como eu
Pois o mundo não entende
Tua mágoa, tua dor
E a mulher não compreende
Como é grande o teu amor
Se esta lágrima pretende confessar
Um grande bem
Sofrerás como eu sofri também
Faz da mágoa o lindo tema do mais
Cínico poema que um poeta
Já escreveu
Faz como eu, faz como eu

(Mário Lago e Ataulpho Alves)


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